Ao som de gritos, xingamentos e vaias – e até mesmo desviando de tomates arremessados ao palco – os pintores, escritores e poetas da Semana de Arte Moderna de 1922, que completa 100 anos neste domingo (13), revolucionaram as artes brasileiras. Nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro daquele ano, os visitantes do Teatro Municipal de São Paulo puderam presenciar a ascensão de uma nova concepção de “cultura brasileira”, guiada por movimentos de vanguarda internacionais, mas que rompia com o fazer artístico admirado pela elite conservadora nacional da época.

Arazzo da by Kamy reproduzindo a obra “Serenata”, de Di Cavalcanti

 

Influenciados por movimentos europeus como o cubismo e o realismo, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Villa-Lobos, Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Menotti del Picchia, Graça Aranha, entre outros, foram os responsáveis por posicionarem o Brasil e a capital paulista no mapa das artes pós-primeira guerra. Foram três dias de exposições que manifestavam o novo, a inquietação, a cultura regional – e, principalmente, a polêmica.

 

Quadro ANTROPOFAGIA – RELEITURA, por Alexandre Deco, disponível na Urban Arts

Curiosamente, dois dos principais nomes do movimento modernista não estiveram presentes nas exposições. Manuel Bandeira, que estava doente, não pode comparecer fisicamente, mas teve seu poema “Sapos” recitado no segundo dia. Já Tarsila do Amaral, talvez a mais reconhecida artista brasileira internacionalmente, estava na Europa e se integrou ao movimento alguns meses depois.

Apesar do movimento não ter sido recebido com bons olhos pela elite e crítica nacional da década, o legado foi grandioso. A experimentação de cores que representam a brasilidade, o uso de novas formas e a despreocupação com regras, fez com que esse movimento ganhasse repercussão por todo o mundo na época e até hoje – o que pode ser notado pelo grande impacto no cenário internacional da recente exposição das obras de Tarsila do Amaral no MoMA em Nova York – EUA.

 

Arazzo Tarsila© Morro da Favela – by Kamy

Além das artes plásticas e literatura, o movimento modernista, a partir do incentivo de olhar para a cultura nacional proposto pela Semana de 22, expandiu suas vertentes para todos os segmentos artísticos.

Na arquitetura, com o pioneirismo de Oscar Niemeyer, Lucio Costa e Paulo Mendes da Rocha, características como a brasilidade – ressaltada com a inclusão do paisagismo a partir de elementos da flora local e da valorização dos brasileiríssimos cobogós -, a utilização de linhas orgânicas e um novo olhar para a função social de espaços públicos, se consolidaram como as principais vertentes arquitetônicas do país.

 

Quadro ANOITECER NO CENTRO HISTÓRICO (PAISAGENS #005), por Henggo, disponível na Urban Arts

Mas o legado não para por aí: a posteridade apresenta o modernismo entrelaçado ao Brasil, fazendo-se presente muito além dos museus e grandes monumentos arquitetônicos, mas ocupando espaço dentro dos lares brasileiros.

E se inovação, inquietude, brasilidade e muita cor são as palavras chave desse estilo, grandes marcas nacionais apresentam diversas obras cheias de bossa e que homenageiam a cultura brasileira.

A exemplo da by Kamy, que investiu no licenciamento para levar algumas das obras mais conhecidas de Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, entre outros, para o universo têxtil, ganhando uma nova perspectiva a partir dos arazzos tecidos à mão com matérias-primas nobres – um padrão de qualidade e estética à altura destas obras de arte.

Já a Urban Arts, empresa referência no mercado de artes, conta com milhares de obras com a estética modernista produzidas por artistas independentes e disponibilizada a preços acessíveis. Confira uma seleção de peças dessas marcas inspiradas no movimento!

 

1. Arazzo Tarsila© Palmeiras, da by Kamy
2. Quadro TELHADOS DE SÃO LUÍS, por Henggo, disponível na Urban Arts
3. Quadro SÃO PAULO 1, por Marcio Levyman, disponível na Urban Arts
4. Quadro RIBEIRINHA, por Raquel Ferns, disponível na Urban Arts

 

1. Arazzo da by Kamy reproduzindo a obra “Sonho de Carnaval”, de Di Cavalcanti
2. Quadro COLAGEM 1, por All tomorrow’s arts, disponível na Urban Arts
3. Quadro O BEIJA-FLOR AMARELO, por Marcel Caram, disponível na Urban Arts
4. Quadro BOI DA FLORESTA DE MESTRE APOLÔNIO (BUMBA-BOI #002), por Henggo, disponível na Urban Arts

 

1. Tapete Gemas do Brasil, da by Kamy
2. Quadro OPERÁRIOS DO BRASIL, por Pris Lo, disponível na Urban Arts
3. Quadro SOSSEGO DA TARDE, por Prizinha Silva, disponível na Urban Arts
4. Quadro RIO DA HELO – 2 DE 2, por Helo Moraes, disponível na Urban Arts

 

*Imagens: Divulgação